Maria condenada a 13 anos. Susan está livre
Durante cerca de uma hora, Maria Barbosa Quirino (47) prestou depoimento durante o julgamento a que foi submetida pela morte do então marido Vilmar Cachoeira Quirino, com três marretadas, em outubro de 2007. Esse momento e outras peças do processo levaram o júri a considerá-la a única culpada pelo assassinato.
O juiz Edemar Leopoldo Schlosser condenou Maria a 13 anos de prisão, em regime fechado. A defesa tem 15 dias para entrar com recurso. Até lá,Maria aguardará em liberdade.
A filha do casal, Susan Mara Barbosa Quirino (21), foi absolvida. Ela e a mãe foram representadas pelo advogado Hermes Soethe. A promotoria pública coube a Murilo Casemiro Mattos.
Em depoimento durante a parte da manhã de hoje (9), Susan disse que o pai era alcoólatra e que em oportunidades que a mãe não estava em casa, ele tentava estuprá-la. Esse depoimento revoltou os familiares de Vilmar que estavam presentes no julgamento. Todos vestiam uma camiseta com a foto de Vilmar e a seguinte mensagem: Paz ao dormir, Justiça por apagar meus sonhos de acordar". Segundo Vilmo Antônio Cachoeira Quirino, irmão da vítima, Vilmar não era alcoólatra e só bebia de maneira social.
"Eu me proponho a pagar pelo crime dela (Maria), se alguém da empresa em que ele trabalhava há mais de 20 anos provar que ele já havia chegado bêbado ao trabalho". De acordo com os familiares, as acusações feitas por Susan são infundadas. "Não tem como deixar uma pessoa desse nível (Maria) na sociedade. Se (Maria) ficar impune a isso, não existe crime. Tem que haver justiça", esse foi o desabafo de Vilmo antes da decisão dos jurados.
Apesar de ser irmã da ré, Zenair Barbosa esteve ao lado da família Quirino. "Eu estou do lado da vida ... não aceito matar ninguém. Eu quero que elas paguem pelo o que elas fizeram, mais nada. Não era necessário matar, não precisava", desabafou Zenair.
Colaborou o repórter Anderson Antunes



